sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Texto de Miguel Joaquim das Neves

Oração de um artista para o mestre das artes universais

Senhor meu Deus, dono de todas as verdades, símbolos e signos

Dono do fogo, da água, da terra e do ar

Dono de todo o universo e da humanidade

Agradeço por este momento e por todos que estão aqui neste lugar

Os que estão em outros trabalhos, na escola ou cuidando do lar.

Senhor, quero falar sobre minha profissão, sim, eu sei que o senhor sabe!

Mas já que somos amigos vamos conversar!

Não escolhi ser artista, fui escolhido e neste universo de fantasias e realidades

Oras ensinando, oras aprendendo, o meu dever para contigo esta sendo cumprido.

As vezes nossa vida é uma dança, cujos vais e vens se parecem com os cisnes

Na força do movimento e na leve sutileza do pousar

Passo a passo que parece ate voar

As vezes imitamos os rouxinóis, estrídulos de alegria

Para levar para a casa o pão nosso de cada dia

As vezes nossos sonhos se transformam em películas, todos eles enfileirados em latinhas, dentro de cada uma, um roteiro, das histórias que um sonhador escreveria.

As vezes somos arcos-ris, misturamos as cores, entre aquarelas, sanguínea, abstratas

E acadêmicas, quentes ou frias

A vida é colorida, uma tela assim dizia

As vezes o papel e o lápis é a riqueza que tem

E a bagagem que leva é os livros os poemas que sua alma de poeta escreve tão bem.

As vezes aparece do nada, todo fantasiado pintado a gritar cheio de emoção

Alguém gosta de palhaçada? Eu não, eu gosto de milho assado, palha não!

Outras vezes, num passe de mágica e admiração, faz desaparecer a tristeza e faz aparecer a alegria nos corações.

As vezes faz uma roda e no gingado de cintura

Ensina a arte do viver e da educação

Na maioria das vezes se mistura na calçada entre as multidões

Vendendo a sua arte a arte do artesão

As vezes o risco no quadro, o giz na mão, formando grandes homens, professor artista?

Sim a arte também é dom!

E depois de tantos as vezes sussura no silêncio da ribalta ou lá do proscênio as sutis palavras. “A vida e um palco nos somos os atores quem apaga as luzes no final da peça?

Senhor meu Deus, dono de todas as verdades, símbolos e signos, dono do fogo,da água da terra e do ar, dono de todo o universo e humanidade, Eu precisava lhe dizer, e só mais um pedido abençoe a todos nós, agora, amanhã e para sempre em nosso viver.

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